Uso do push-to-pass, volta dos pneus mais duros e novidades no formato dos pit stops darão emoção extra na décima corrida da Stock Car realizada no Mato Grosso do Sul
A Stock Car deve apresentar um espetáculo diferente neste ano ao público que comparecer no próximo domingo (5) ao Autódromo Internacional Orlando Moura, em Campo Grande.
A categoria chega com novidades à pista da capital sul-mato-grossense, como a volta dos pneus mais duros e uma nova configuração de trabalho nos pit stops, que devem aumentar a competitividade e abrir espaço para estratégias diferentes na busca pela vitória.
Conhecida por dificultar as ultrapassagens, o traçado da cidade será, naturalmente, o mesmo dos anos anteriores, mas os carros que chegam para a quinta etapa da temporada 2011 terão novamente à disposição um sistema que facilita a troca de posições.
"Com o formato atual do push-to-pass, as ultrapassagens são possíveis até mesmo em circuitos de rua", apontou o paulista Alan Hellmeister, da equipe BVA-Scuderia 111. "Isso porque o aumento de potencia proporcionado pelo sistema demora cinco segundos para entrar em ação, o que impede que o piloto que vai à frente se defenda quando percebe o carro de trás em posição de ultrapassagem", acrescentou.
O push-to-pass, no entanto, só poderá ser usado oito vezes durante a corrida deste domingo, o que mantém a necessidade de uma boa posição de largada na briga por vitórias.
"Atualmente é possível fazer corridas de recuperação na Stock Car, mas isso não significa vir do final do grid e vencer", alertou o paranaense Júlio Campos. "As ultrapassagens são facilitadas pelo push-to-pass, mas só temos oito chances de usar o sistema. Isso sem falar que acabamos, também, perdendo algumas posições ao longo da corrida para outros pilotos que usam o botão de ultrapassagem. A dinâmica da prova ficou muito interessante", acrescentou.
Pit stops podem definir vencedor - Conhecida, também, por ter um asfalto que aumenta o consumo de pneus, a pista de Campo Grande exigirá das equipes boa estratégia de box na disputa pela vitória. Os pilotos da BVA-Scuderia 111 acreditam que será difícil completar a prova sem nenhuma troca de pneus, o que cria uma variável importantíssima no planejamento da corrida.
"Houve uma mudança no regulamento para este ano, que tornou apenas o reabastecimento obrigatório. Mas, em pistas onde será preciso trocar pneus, temos uma dificuldade nova, que é o uso de apenas uma pistola pneumática por carro. Com isso, a troca de pneus pode levar até 40 segundos, um tempo impossível de se recuperar na pista", apontou Hellmeister.
Júlio Campos acha difícil prever se serão trocados os quatro pneus durante uma eventual parada, ou apenas dois. Mas garante que o trabalho em equipe será ainda mais importante em Campo Grande.
"Nenhum piloto vai ganhar essa corrida sozinho", afirma o paranaense. "Isso porque os pit stops devem definir muitas posições. Seja só para reabastecer, ou principalmente para trocar pneus, quem gastar menos tempo parado ou entrar para os pits no momento mais oportuno levará muita vantagem", encerrou.
Confira a programação para a etapa de Campo Grande*
Sexta-feira, dia 3
11h40 às 12h20 - 1º Treino Livre (máximo 18 voltas) - Grupo 1
12h30 às 13h10 - 1º Treino Livre (máximo 18 voltas) - Grupo 2
15h20 às 16h00 - 2º Treino Livre (máximo 18 voltas) - Grupo 1
16h10 às 16h50 - 2º Treino Livre (máximo 18 voltas) - Grupo 2
Sábado, dia 4
8 às 8h40 - 3º Treino Livre (máximo 18 voltas) - Grupo 1
9h05 às 9h45 - 3º Treino Livre (máximo 18 voltas) - Grupo 2
11h15 às 11h55 - Classificatório
Domingo, dia 5
10h35 - 5ª Etapa
* Horário local - uma hora a menos que Brasília
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